Falando com as paredes
O tempo passa e passa rápido
demais. No dia 15 de junho de 2012, o único projeto pós-faculdade que se
concretizou, “Caraminholas Mil” entrava no ar. Sua proposta, extravasar meus
sentimentos e convidar meus leitores, ou melhor, os “caraminholadores” a
conversarem comigo.
A repercussão foi modesta, um e
outro comentário à época da estreia, depois, irritantes curtidas até chegar ao
ponto deste bloguinho não receber nenhuma visitinha e passei a escrever para
ninguém.
Frustração em dose dupla. Como
escritora foi chato não atingir meu objetivo de mexer com as pessoas e ouvir
minhas palavras fazerem eco. Entretanto, a frustração maior é pessoal por ver
que estou falando sozinha, tal qual uma criança que não tem amigos.
Um ano depois, “Caraminholas Mil”
prova que escrever é terapêutico, não resolve os problemas, mas alivia a dor e
estanca o sangue, contudo falhou no intuito de atingir, incomodar, fazer rir,
chorar, suscitar sentimentos mesmo que os mais controversos.
Um ano depois “Caraminholas Mil” me fez ver que,
falar com as paredes pode não ser tão ruim, porque é melhor falar com elas do
que para ouvidos que ouvem sem prestar atenção.
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