sexta-feira, 14 de junho de 2013


Falando com as paredes 

O tempo passa e passa rápido demais. No dia 15 de junho de 2012, o único projeto pós-faculdade que se concretizou, “Caraminholas Mil” entrava no ar. Sua proposta, extravasar meus sentimentos e convidar meus leitores, ou melhor, os “caraminholadores” a conversarem comigo.

A repercussão foi modesta, um e outro comentário à época da estreia, depois, irritantes curtidas até chegar ao ponto deste bloguinho não receber nenhuma visitinha e passei a escrever para ninguém.

Frustração em dose dupla. Como escritora foi chato não atingir meu objetivo de mexer com as pessoas e ouvir minhas palavras fazerem eco. Entretanto, a frustração maior é pessoal por ver que estou falando sozinha, tal qual uma criança que não tem amigos.

Um ano depois, “Caraminholas Mil” prova que escrever é terapêutico, não resolve os problemas, mas alivia a dor e estanca o sangue, contudo falhou no intuito de atingir, incomodar, fazer rir, chorar, suscitar sentimentos mesmo que os mais controversos.

Um ano depois “Caraminholas Mil” me fez ver que, falar com as paredes pode não ser tão ruim, porque é melhor falar com elas do que para ouvidos que ouvem sem prestar atenção.

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"...Que minha solidão me sirva de companhia.Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo." Clarice Lispector

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