De
volta à arte
Fiz uma longa viagem. Foram dois anos e não sei quantos
meses longe. Voltar a compor após tanto tempo teve a sensação de retornar de um
exílio.
As palavras foram magicamente surgindo, e uma a uma
moldadas. Pela primeira vez consegui expressar a dor que senti (sinto). Embora
tivesse chorado compulsivamente, sentia que ainda não havia expressado minha
tristeza.
Para melhor expressar a ação, que ouso chamar de
terapêutica, a cada vez que escrevo sinto cair parte de um enorme fardo, por
mais clichê que seja.
Se a arte tem função e finalidade estas são estancar o
sangue e atuar como cicatrizante. Melhor que encher a cara ou comprar, coisas
que renderão apenas dores de cabeça, a arte é sempre a melhor aliada de um
coração partido.
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