A dor
A dor nem sempre é angústia. É caminho para
o prazer. Sentimentos contraditórios são complementares. A tatuagem dói, mas o
resultado final compensa. É tênue a linha divisória entre amor e ódio.
Para quem comeu pão que o diabo amassou, o manjar dos deuses é ainda mais
delicioso.
Saindo das
generalidades, vou falar sobre esta estreita relação no sexo. Claro que, às
vezes, a dor causada pela timidez e medo pode atrapalhar e impedir que a coisa
flua e pior, trazer um sentimento de repulsa ao ato.
Partindo da premissa que
o aprendizado vem somente com a prática, e que nesta busca os tópicos
estudados, depois da vergonha inicial, trazem curiosidade e a conclusão que a
celebre frase “um tapinha não dói” faz todo sentido.
Vejam bem, isso aqui não
é uma ode ao sadomasoquismo, e mesmo se fosse, e daí? É preciso muita inocência
acreditar que o sexo, algo totalmente instintivo, que nos distancia da
sanidade, não tenha nada que remeta aos tempos da caverna.
Tapinhas, puxões de cabelo, mordidas, tudo isso consentido entre as duas
partes, e desde que não coloque em risco a integridade física de ambos, como o
maluco do filme Lua de Fel*, são muito bem vindos, pois, como diz a canção “na
cama de quem ama, vale tudo, lama, puta, kama sutra, meia nove” **.
*Lua de Fel: filme de 1992, dirigido por Roman Polanski, ler sinopse em http://www.adorocinema.com/filmes/filme-90976/
** Trecho da música
Saia, de Alexandre Nero, está no cd Vendo amor, em suas mais variadas formas,
tamanhos e posições. Ler letra em: http://www.vagalume.com.br/alexandre-nero/saia.html
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