Decepção ainda que tardia
Quando
conheci você, todos se tornaram enfadonhos. Maduro, forte, divertido, o homem
mais bonito que já conheci. Você era tudo isso. Você era tudo para mim.
Um dia você
me elegeu, mas não por muito tempo. Foi embora e sequer disse adeus, aliás, não
disse nada. Não demorou ver vocês dois desfilando felizes da vida. Você agindo
com a mesma naturalidade de um encontro no elevador.
O homem
maduro agiu infantilmente. Você brigou com todos, foi demitido, negligente com
seus companheiros que não querem ver você nem pintado de ouro.
Ouvi dizer
que você era uma farsa. Será mesmo? Você então elege quem é digno de suas
virtudes? O resto do mundo que fique com o lado negro de sua força? Será que
Freud explica?
Será que
homem maravilhoso que conheci existiu mesmo? Ou será que você era algo similar
a um amigo imaginário? Seja o que for, a verdade, ainda que tardiamente
aparece, aqui, em forma de decepção.
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