sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013


Sem rumo

Às vezes penso que não conseguirei sair deste labirinto, as luzes, embora fracas ajudariam enxergar a saída, mas esta se encontra obstruída. É um cenário dramático quando se tem quase trinta anos.

Vida amorosa indefinida, que talvez não se encaminhe para o “happy end” (isso já era previsível!). Porém, o mais angustiante é ver meu diploma universitário mofar junto a outros tantos numa gaveta qualquer. Sem experiência em minha área de formação e sem conhecer ninguém, tudo que consegui foi um emprego maçante, algo que me faz mentir toda vez que perguntam sobre meu emprego.

Já quis investir em minha profissão, aprender a editar, estudar rádio e roteiro que sempre foram minhas paixões e assim, ficar pronta quando pintasse aquela oportunidade, mas a desesperança é tão grande, que penso tudo isso é tão inútil quanto os quatro anos da graduação.

E nesta de não saber que rumo tomar, cogito cursar outra faculdade ou prestar um concurso público, as atitudes mais lógicas neste contexto, contudo, fazer qualquer coisa por não ter conquistado naquilo que estudei soa como confissão de fracasso, por outro lado, não posso lamentar a falta de sorte.

E nesta de não saber que rumo tomar e tentar desesperadamente descobrir o que devo fazer da minha vida, ando, ando e não saio do lugar, mas não posso ficar parada, tenho de fazer alguma coisa, mesmo que errada... o trem precisa sair do lugar.

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"...Que minha solidão me sirva de companhia.Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo." Clarice Lispector

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