sexta-feira, 29 de junho de 2012



Tardes  clandestinas 

Quando conheci você, logo me apaixonei. Puro clichê, pura verdade. Esse amor se tornou resposta e razão para tudo. Pura estupidez. Não sosseguei até ter você. E consegui. Será que consegui mesmo?

Lembro-me daquelas tardes ensolaradas e clandestinas. Meus devaneios românticos tomando forma. Seu desejo e praticidade regiam nossos encontros, palavras de ordem. Mesmo assim, a cada chamado seu virava as costas para as minhas convicções e partia ao teu encontro.

Essas tardes ensolaradas e clandestinas, aos poucos diminuíram. Seu adeus foi covarde. Das minhas perguntas, você fez pouco caso. Meus desejos, solenemente ignorados. Vi você e sua nova menina juntos e entendi tudo. 

Essas tardes ensolaradas e clandestinas tiveram sim o seu encanto, um encanto torto, é verdade, pois era baseado numa ilusão, numa emoção cultivada como forma de aliviar um vazio. Contudo, após a euforia inicial, vêm os efeitos colaterais. O amor, assim como qualquer outra droga é assim.

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"...Que minha solidão me sirva de companhia.Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo." Clarice Lispector

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